quinta-feira, 30 de setembro de 2010

The Dreamers/Os sonhadores


Há poucos dias atrás resolvi assistir esse filme. Atrasada, admito. Mas é que são tantos pra ver, que algum tem que ficar de fora, nem que seja por pouco tempo. Bom, assisti, e até agora não sei se amo ou odeio. O filme é muito bom, isso não tem como negar, é diferente de tudo que até então já vi. É um filme que não se contenta em chocar apenas em relação à literatura, ao cinema, à guerra e à música, ele usa o sexo como um referencia maior, e com ele sim, o choque é grande. Em certas partes imaginei Ken park, daí o motivo de talvez odiar, mas em outras já me lembrei de vários outros filmes maravilhosos, que são citados ao decorrer do mesmo, logo, amei. Figurino digno, boa fotografia, ótimas referências ao cinema e uma trilha sonora magnífica.
Enfim, amando ou odiando, só sei que o filme é ótimo, vale muito a pena assistir. Já se tornou um dos meus favoritos. Recomendo.
Ah, e também vou deixar aqui o download da trilha sonora do filme. Muito, mas muito boa.*-*

Trilha Sonora

Filme

sábado, 25 de setembro de 2010

Renato Godá


"Ela pensava: de novo é amor
 Às cinco da tarde no Café de Flore
 Às voltas com o inverno e com seu cachecol
 Relendo passagens de Michel Focault"
(Chanson D'Amour)


Me senti na obrigação de postar algo desse cara. Letras maravilhosas, que mexem com a gente, você sempre encontra algo de você nas canções dele. No site oficial de Renato você encontra a seguinte auto-definição: "o músico é um escritor de músicas endiabradamente românticas".Imagine a seguinte imagem: Um cafajeste que frequenta um cabaré qualquer da velha paris, onde é embalado pelo jazz, folk e música cigana, e entre copos se esvaziando e fumaça de cigarro saindo pela boca a cada trago, ele se desmancha ao se encantar pela dançarina do local. Essa seria a definição para Renato Godá. E vale citar que ele é comparado ao grande Leonard Cohen (músico e escritor canadense), preciso falar mais? Depois dessa creio que não.




terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Retrato De Dorian Grey


"O objetivo da vida é o autodesenvolvimento; é perceber, com perfeição, nossa natureza… é para isso que estamos aqui, cada um de nós. Mas, hoje em dia, as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram-se da mais elevada das obrigações, a obrigação que devemos a nós mesmos. Mas, é claro, são caridosas. Alimentam os famintos, vestem os mendigos. A alma delas, entretanto, sente fome, está nua. A coragem desapareceu desta raça e, talvez, jamais tenha existido em nós. O terror da sociedade, base de toda moralidade, o terror de Deus, segredo da religião… são essas as duas coisas que nos governam”.
Oscar Wilde em O Retrato de Dorian Grey

O Morro Dos Ventos Uivantes


Meus maiores sofrimentos neste mundo têm sido os sofrimentos de Heathcliff; fui testemunha deles e
senti-os todos, desde o começo. Meu maior cuidado na vida é ele. Se tudo desaparecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais ficasse, e ele fosse aniquilado, eu ficaria só em um mundo estranho, incapaz de ter parte dele. Meu amor por Linton é como a folhagem da mata: o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, isso eu sei muito bem. E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly, eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho no meu pensamento. Não é como um prazer – porque eu também não sou um prazer para mim própria -, mas como o meu próprio ser. Portanto, não fale mais em separação: é impraticável.

Catherine Earnshaw, personagem de
Emily Brönte em O Morro dos Ventos Uivantes