segunda-feira, 22 de novembro de 2010

#HomofobiaNao


Vc tem twitter? Se sim, já deve ter visto a campanha que começou no dia 17 de novembro em protesto à violência contra homossexuais, o #homofobiaNão. Mas a questão aqui é que os preconceituosos de plantão resolveram criar uma também, o #HomofobiaSim. Tenho que confessar que fiquei chocada com o que li. Daí lembrei de todas as pessoas que insistem em dizer que não existe homofobia, que hoje em dia as pessoas estão mais tolerantes e o mundo mais "liberal". Onde? Preciso saber, porque o que vejo é violência (verbal, física e psicológica) nas ruas, em casa, no ambiente de trabalho, boates, bares, enfim, por toda parte. Infelizmente a homofobia existe sim, e precisa ser combatida, não só nos lugares  em que citei, mas na internet também. Piadinhas, ofensas e xingamentos também machucam, e ninguém é obrigado a aceitar esse tipo de coisa. Portanto cabeça erguida. "Lute" contra a homofobia, "lute" contra qualquer tipo de preconceito, mas "lute" na PAZ.
Vou deixar aqui um vídeo contendo algumas das coisas absurdas postadas no twitter, na campanha #homofobiasim. 


Pornografia Infantil,Racismo, Apologia e Incitação a crimes contra a Vida, Xenofobia, Neo Nazismo, Maus Tratos Contra Animais, Intolerância Religiosa, Homofobia e Tráfico de Pessoas. DENUNCIE: Safernet .

HOMOFOBIA NÃO,  CRIMINALIZAÇÃO JÁ!


"Aceitar a homossexualidade não te torna menos heterossexual, te torna mais humano."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Haikai

Frutos verdes não caem ao chão
se queres um pouco voar
amadureça o seu coração.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ebook Laranja Mecânica



A Laranja Mecânica(A Clockwork Orange no original) é um livro de Anthony Burgess escrito em 1962. Conta a história de Alex, um garoto que juntamente com outros jovens da sua gangue (Pete, Georgie e Tapado) praticam roubos, espancamentos, estupros por toda uma Londres arrasada de um futuro indeterminado. 
Alex pratica a violência por puro prazer, assim como a maioria dos jovens da sua idade.
Burgess causou grande estranhamento em seus leitores por conta do vocabulário de Alex, cheio de gírias nadsat - termos eslavos e palavras rimadas que exigem dedução para o entendimento. Exemplo: a rot do vekio estava cheia de krov(sangue) vermelho quando lhe demos um toltchock; tiramos as platis da devotchka e seus grudis eram horrorshow , etc. O livro chocava também por sua violência e os conflitos éticos que cercavam o jovem Alex, suas punições e a sociedade.
Seu título provém de uma expressão anglo-saxã "As queer as a clockwork orange", ou, em uma tradução simplificada, "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica".
Foi adaptado ao cinema por Stanley Kubrick em 1971.

sábado, 16 de outubro de 2010

Tribute To The Smiths


Tracklist:

1. The Pines - Ask
2. Pale Sunday – I Know It’s Over
3. The Lucksmiths – There Is A Light That Never Goes Out
4. Slipslide – Please Please Please Let Me Get What I Want
5. Pipas – This Night Has Opened My Eyes
6. Lovejoy – Girlfriend In A Coma
7. Would-Be-Goods – Back To The Old House
8. The Young Tradition – Sheila Take A Bow

10. The Guild League - Panic
11. The Liberty Ship – Sweet and Tender Hooligan
12. The Snowdrops – Bigmouth Strikes Again

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

The Dreamers/Os sonhadores


Há poucos dias atrás resolvi assistir esse filme. Atrasada, admito. Mas é que são tantos pra ver, que algum tem que ficar de fora, nem que seja por pouco tempo. Bom, assisti, e até agora não sei se amo ou odeio. O filme é muito bom, isso não tem como negar, é diferente de tudo que até então já vi. É um filme que não se contenta em chocar apenas em relação à literatura, ao cinema, à guerra e à música, ele usa o sexo como um referencia maior, e com ele sim, o choque é grande. Em certas partes imaginei Ken park, daí o motivo de talvez odiar, mas em outras já me lembrei de vários outros filmes maravilhosos, que são citados ao decorrer do mesmo, logo, amei. Figurino digno, boa fotografia, ótimas referências ao cinema e uma trilha sonora magnífica.
Enfim, amando ou odiando, só sei que o filme é ótimo, vale muito a pena assistir. Já se tornou um dos meus favoritos. Recomendo.
Ah, e também vou deixar aqui o download da trilha sonora do filme. Muito, mas muito boa.*-*

Trilha Sonora

Filme

sábado, 25 de setembro de 2010

Renato Godá


"Ela pensava: de novo é amor
 Às cinco da tarde no Café de Flore
 Às voltas com o inverno e com seu cachecol
 Relendo passagens de Michel Focault"
(Chanson D'Amour)


Me senti na obrigação de postar algo desse cara. Letras maravilhosas, que mexem com a gente, você sempre encontra algo de você nas canções dele. No site oficial de Renato você encontra a seguinte auto-definição: "o músico é um escritor de músicas endiabradamente românticas".Imagine a seguinte imagem: Um cafajeste que frequenta um cabaré qualquer da velha paris, onde é embalado pelo jazz, folk e música cigana, e entre copos se esvaziando e fumaça de cigarro saindo pela boca a cada trago, ele se desmancha ao se encantar pela dançarina do local. Essa seria a definição para Renato Godá. E vale citar que ele é comparado ao grande Leonard Cohen (músico e escritor canadense), preciso falar mais? Depois dessa creio que não.




terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Retrato De Dorian Grey


"O objetivo da vida é o autodesenvolvimento; é perceber, com perfeição, nossa natureza… é para isso que estamos aqui, cada um de nós. Mas, hoje em dia, as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram-se da mais elevada das obrigações, a obrigação que devemos a nós mesmos. Mas, é claro, são caridosas. Alimentam os famintos, vestem os mendigos. A alma delas, entretanto, sente fome, está nua. A coragem desapareceu desta raça e, talvez, jamais tenha existido em nós. O terror da sociedade, base de toda moralidade, o terror de Deus, segredo da religião… são essas as duas coisas que nos governam”.
Oscar Wilde em O Retrato de Dorian Grey

O Morro Dos Ventos Uivantes


Meus maiores sofrimentos neste mundo têm sido os sofrimentos de Heathcliff; fui testemunha deles e
senti-os todos, desde o começo. Meu maior cuidado na vida é ele. Se tudo desaparecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais ficasse, e ele fosse aniquilado, eu ficaria só em um mundo estranho, incapaz de ter parte dele. Meu amor por Linton é como a folhagem da mata: o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, isso eu sei muito bem. E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly, eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho no meu pensamento. Não é como um prazer – porque eu também não sou um prazer para mim própria -, mas como o meu próprio ser. Portanto, não fale mais em separação: é impraticável.

Catherine Earnshaw, personagem de
Emily Brönte em O Morro dos Ventos Uivantes

domingo, 29 de agosto de 2010

Mais um dia se vai...


Mais um dia se vai, indo exatamente pra onde não consigo estar.
Sei que é assim, mas é um pouco difícil entender que junto com ele, sentimentos se vão, pessoas se vão.
Momentos não voltam atrás, e o cenário se junta ao passado.
Como saber se algum dia algo fez diferença, se o presente não me deixa às vezes refletir?
Em cada escolha, um mundo novo, em cada pensamento, é a mesma imagem que me vem à mente.
Confesso às vezes não ter forças para lutar, confesso não saber quais armas usar.
Meus braços se transformaram em um escudo, que protege apenas um coração ferido.
Meus olhos já não sabem o que enxergar, meus ouvidos não querem escutar, e minha boca se fechou, não se abre mais pra confessar algum sentimento, pois se decepcionou depois que o fez.
Não se pode mudar a escolha de um coração.
E eu fico esperando que uma simples palavra, mude totalmente a sua razão. 
Ou não!
Dizem que permaneço em um erro, e que vivo do passado, que eu deveria andar pra frente, deixar certas coisas pra trás.
Sei que isso é o melhor a se fazer, reconheço, mas de que serve o passado se não posso recordá-lo?
Pois o trago a tona sim, ele é meu, e com ele trago junto as pessoas, os sentimentos, e as decepções.
Tudo faz parte, é aprendizado.
Então continuo a permanecer em um único erro, mas um erro que foge do meu controle. E poderia muito bem o transformar em passado, mas não, insisto em tê-lo no presente, e sonho em um futuro ao lado dele.
Sempre me perguntam se vale a pena, e admito que não encontro respostas pra essa pergunta. Sei que não sou exatamente correspondida pelas pessoas como eu queria que fosse, mas e daí? Eu também nem sempre correspondo, as coisas não são perfeitas.
As pessoas machucam.
Sei muito bem que posso tentar esquecer, mas não posso evitar o sentimento. 
Todos deviam saber disso.
E se eu simplesmente desaparecer? Acho que minha falta não tem tanto poder.
Mais uma noite se vai, indo exatamente pra onde não consigo estar.
E dessa vez sinto informar que o sentimento não se foi, todo o cenário agora em preto e branco, fazendo de tudo pra me ferir.
Passado, presente e futuro, se juntam aqui dentro de mim.
Se eu pudesse esquecer, juro que mesmo assim não o faria.
Quem me marca de verdade sempre fica, por mais que às vezes me deixe ferida. Afinal isso é a vida, e independente de erros ou acertos estamos aqui pra ser feliz.
Então me deixa assim ser, e confesso que vou ser bem mais se conseguir te convencer.
Não se iluda achando que te esqueci, as coisas não são bem assim.

sábado, 24 de julho de 2010

Amigos...

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.