quinta-feira, 17 de junho de 2021


Me sinto como se estivesse revivendo minha adolescência, onde passava noites e noites fumando e jogando palavras soltas em papel branco na intenção que no fim minha vida fizesse algum sentido.
Escrever era algo tão importante pra minha saúde mental que eu quase nem sentia a força que meus dedos batiam no teclado, colocando tanta coisa pra fora que já não permanecia nada dentro.
Por um bom tempo eu quis ser vazia, tão vazia que nada e nem ninguém teria o poder de me afetar; tipo um amontoado de nada com a falta de tudo.
Nunca fui de me identificar com o que me era imposto ou apresentado, e essa falta de identificação me levou a anos de vida em busca de algo que eu pudesse agarrar com toda a força que eu conseguisse dispor. Foram tantas tentativas que no fim só pude me agarrar ao que meu corpo conseguia, mas eu sempre me encontrava fraca demais pra segurar, então eu deixava ir.
E o problema de deixar ir é que na maioria das vezes não volta.






A blogueira coach disse pra sermos mais positivos, fazer yoga fortalece a espiritualidade, meditação pra colocar a cabeça no lugar, segundo minha terapeuta a gente atrai as pessoas por sintonia, talvez uma palestra no TED renove minha auto estima... E assim vamos vivendo, atribuindo ao outro o que não enfrentamos em nós mesmos.