quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Crescer pra quê!?



Um dia seremos crianças e aprenderemos a sorrir de novo.
Rodaremos e cantaremos alegres por não entender nada do mundo.
Um dia voltaremos e aprenderemos a nos olhar no espelho e nos gostar!
- Que bonito!
- Que belo dia!
O vento frio será delicioso ao bater em nossos rostos.
O brilho do sol que ofusca os olhos será o mais lindo e rejuvenescedor.
E então voltaremos a lembrar dos planos.
Um dia cairemos.
E vamos achar bom, a beleza de, vivenciar.
Choraremos as tristezas e iremos demonstrar, até mesmo sem perceber, nossas felicidades e sentimentos.
E então veremos que não precisamos mais mentir, nem fingir que nada pode nos atingir.
Saberemos, intuitivamente, a diferença entre bom e mau.
E então iremos entender que, às vezes, é melhor nem crescer!

Texto retirado do blog Alacridade, escrito pela Giselle Guerra Ramos.

Discografia - Nouvelle Vague

Discografia - Nouvelle Vague

Nouvelle Vague é um coletivo musical francês arranjado por Marc Collin e por Olivier Libaux. O nome deles é um jogo de palavras, referindo-se simultaneamente à “francesidade” deles, ao movimento artístico do cinema francês Nouvelle Vague, dos anos 60, à fonte de suas canções (todas são covers de músicas punk e new wave dos anos 80) e ao uso do estilo Bossa nova, também dos anos 60.
No primeiro álbum, Nouvelle Vague, o grupo ressuscitou clássicos da era da música New Wave dos anos 80 e as reinterpretou em um estilo Bossa nova picante. As canções receberam um aspecto mais acústico com ritmos flexíveis e agitadores executados de forma a coletar uma parada de chanteuses de todo o mundo (seis francesas, uma brasileira e uma nova-iorquina) para esquentar a todos, de XTC e Modern English até The Clash e The Understones. Os covers incluem canções de Joy Division, Dead Kennedys, The Clash e Depeche Mode. As várias cantoras de Nouvelle Vague apenas executaram canções com as quais não estava familiarizadas anteriormente, com a finalidade de garantir que cada cover tivesse uma qualidade única.
O segundo álbum, Bande à Part, inclue versões de “Ever Fallen in Love?, de Buzzcocks, “Blue Monday” por New Order, “The Killing Moon” por Echo & the Bunnymen e “Heart of Glass” de Blondie.
Membros, ex-membros e contribuidores (a maioria artistas franceses), que estão agora famosos independentemente, são considerados parte do que se chama de “Renouveau de la chanson française”. Muitos destes são mulheres: Anaïs Croze, Camille Dalmais, Phoebe Killdeer, Mélanie Pain e Marina.














quarta-feira, 25 de julho de 2012

End!


Faço com que toda a fumaça do cigarro mantenha meu corpo da mesma forma que a respiração mantêm o seu, durando até o queimar do filtro...

terça-feira, 3 de julho de 2012

Inconstante


— Eu tenho medo de ferir o coração de alguém. 
— Por quê? 
— Porque eu sei como dói.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Lost control...


A confusão em seus olhos diz tudo: Ela perdeu o controle!
Ela está se agarrando ao transeunte mais próximo.
Ela perdeu o controle!
Ela revelou os segredos de seu passado, e disse: "Perdi o controle novamente!"
Ouvi a voz que lhe disse quando e onde agir, ela disse: "Perdi o controle novamente!"
Ela virou e me pegou pela mão, e disse: "Perdi o controle novamente!"
Como nunca vou saber bem por quê ou compreender, ela disse: "Perdi o controle novamente!"
Ela gritou, esperneando, e disse: "Perdi o controle novamente!"
Estrebuchou no chão, pensei que ela tivesse morrido. Ela disse: "Perdi o controle!"
Ela perdeu o controle novamente.
Ela perdeu o controle.
Ela perdeu o controle novamente.
Ela perdeu o controle.
Tive que telefonar a um amigo dela para falar de seu caso, ele disse: 
"Ela perdeu o controle novamente!"
Ela mostrou todos os erros e enganos, e disse: "Perdi o controle novamente!"
Mas ela se expressou de muitas maneiras diferentes, até que pudesse perder o controle novamente.
Caminhou sobre o fio da navalha do desengano e riu... "Perdi o controle!"
Ela perdeu o controle novamente.
Ela perdeu o controle.
Ela perdeu o controle novamente.
Ela perdeu o controle.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Escolhas?


É, está ficando cada vez mais complicado carregar o peso da dúvida, da insatisfação e do não.
Passa o tempo e eu fico tentando desviar das pessoas, colocando obstáculos em todos os meus caminhos, atrapalhando o sentido das coisas.
Uma, duas, três...Escolhas?

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A lua foi ao cinema!


A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!

Três Metades!


Meio dia,
um dia e meio,
meio dia, meio noite,
metade deste poema
não sai na fotografia,
metade, metade foi-se.

Mas eis que a terça metade,
aquela que é menos dose
de matemática verdade
do que soco, tiro, ou coice,
vai e vem como coisa
de ou, de nem, ou de quase.

Como se a gente tivesse
metades que não combinam,
três partes, destempestades,
três vezes ou vezes três,
como se quase, existindo,
só nos faltasse o talvez.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Insensato!


Peço algum tempo, desenvolver sentimentos não é uma tarefa tão fácil.
Apenas se sente quando se é livre. 
Liberdade!
A incerteza domina todos os sentidos quando não se tem mais pra onde correr.
Queria tentar ser um pouco mais flexível.
Buscar a simplicidade das coisas sem se preocupar com fatores externos.
Crescer na mesma velocidade da luz.
Entrar sem medo de não encontrar saída.
Sempre volto ao mesmo ponto.
Encontro, desencontro.
O que há?
Acendo um cigarro!
Faz muito tempo, não foi suficiente.
E eu continuo tentando ir adiante.
O medo e a coragem ainda andam lado a lado.
Espero que algum dia minhas dúvidas se apaguem com a mesma velocidade das cinzas de um cigarro.

sexta-feira, 16 de março de 2012

E ponto!

Direções opostas no olhar, na retina exposta consigo decifrar toda a realidade que carrega no coração.
O ato de pensar te agride ferozmente, todas as suas palavras sua boca desmente.
Qual o intuito de tanta repressão?
Toda forma de pensamento tem a sua razão.
Minhas ideias movem meu mundo!
A minha verdade molda minha alma!
Não lhe peço pra ser aceita, mas exijo ser respeitada. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Vinho seco



Quantas luzes, champanhe, mulheres servindo caviar.

Eu, debruçado entre as espumas, na banheira do hotel cinco estrelas.

- Neve, por favor.

Da janela vejo em uma perspectiva panorâmica a cidade luz, viva. Conforto-me com a música ambiente: Madrid. Usufruindo da sorte, abusando da boa vontade divina. Sou apenas um corpo nu, desmistificado, obsceno, acumulando sensações.

- Venha cá. Chamo por Simone, uma francesa de olhos claros, típica européia.

Ela vem até mim, lentamente. Seus lábios são linhas perfeitas, traços como se fossem feitos a mão, uma dinâmica externa estética imprescindível. Eu bebo, esqueço, eu bebo o esquecimento, me perco.

- Deite-se comigo.

Sua voz soa sorrateiramente em meu ouvido direito, um sussurro, uma carreira na narina. Afundamos simultaneamente com o champanhe refinado, somos a própria substancias das coisas.

Minhas mãos deslizam em seu corpo e pele macia, uma luz tênue reflete em sua cor, como se estivesse nevando. Eu extasiado, como se estivesse envolvendo-me com uma espécie de entidade extraordinária. Logo, beijo sua boca, minha língua vai de encontro com a sua, nos tragamos. Um beijo aconchegante, como se estivéssemos apaixonados, como adolescentes em sua primeira vez. Não obstante, a mesma língua vai de encontro com seus seios, mamilos chupados, pegadas firmes. Geometricamente precisos em harmonia com o encaixe de minhas mãos inquietas, não poderiam ser mais justos.

Seus cabelos cobriam meu rosto, nos tornando duas faces, boca com boca, nariz com nariz, éramos como o beija-flor e o néctar. Nossos corpos fervilhavam, a música soava de acordo com a flexibilidade de nossos quadris. Tudo se encaixava. A espuma era soprada pelo vento frio da noite iluminada.

Ela, esbelta, acariciando minha nuca. Acolhendo-me, afogando-me de prazer. Passo a respirar vagarosamente, profundamente, suspiro. Ela corresponde. Nossa sexualidade é um quadro expresso, uma obra de arte cativante. Somos atraídos, sugados por nós mesmos, um amor narcísico, que reflete na pupila de nossos olhos cristalinos.

- Sou seu espelho. Ela diz.
- Eu te amo.

Somos a poesia intrínseca da existência, o reflexo da liberdade de escolha, estamos aqui porque determinamos isso. E não há nada que possa nos impedir.

Na medida em que nossos corpos se enroscam, a água morna nos banha. Acendo um cigarro, ela traga. Sopra fumaça em minha cavidade oral, eu trago e sopro novamente. Ela mergulha, trata de brincar. Eu, sorridente, como se fosse demais, ajudo-a voltar à superfície. É irrevogável, estamos irremediavelmente perdidos, somos a oferenda de nosso instinto, embriagados de nós mesmos.

Uma efervescência de toques, incontroláveis. Oh, minha linda Paris. Que graça este pedaço de paraíso.

Em essência, estamos nos unindo, focando nosso ato em pro de suprir a necessidade que temos de nós mesmos.

À esquerda, minha taça de vinho envelhecido. Simone pega a garrafa, derrama em meus lábios; suga, lambe, bebe. Beija-me, joga o vinho pela janela. Seus olhos fitam meu desejo, meu desejo a domina, corpo e mente. Voltamos ao início, a soma de tudo que ocorreu.

Na narina esquerda uma carreira de neve. Não existem leis, aqui somos os próprios legisladores. Queremos morrer, nos abastecer, que nossos corpos sejam cinzas, para que assim a terra nos trague e o vento nos sopre, caídos. Somos intocáveis.

Pego-a em meus braços, seguro-a, introduzo meu terno afeto.

Arrepia-se, contorce-se. Arranha minhas costas, coloca as mãos em meus ombros, fecha os olhos. Agora, nos movimentamos. Queremos demais, não nos cansamos.

Penetro-a, afogo-a, estrangulo-a, ouço o barulho da água saindo na banheira, seus olhos apavorados, fitados nos meus.

Removo-a do fundo, trago-a novamente. Largo seu pescoço. Ela não reclama, diz que foi divertido, gosta da situação. Não tem medo. Abraça-me, e faz com que meus pensamentos sejam seus. O cigarro ao lado direito, no cinzeiro, quase no fim, é tragado e apagado por ela em meu braço molhado.

Me seduz de maneira inegável. Conforme vou descendo, adornando seu corpo com espumas. Ela brilha como uma estrela solitária. A lua em nossa frente, nos banhando. O céu escuro, repleto de pequenos corpos celestes; enlouqueço, apago inerte.

Respiração boca a boca. Acordo. Sinto seus seios massagearem meu tórax. Excitando-me. Seus movimentos são cuidadosos. Sinto suas nádegas. Estou calmo. Preciso de mais uma carreira. Bebo champanhe.

A neve vem com velocidade, percorre minha cavidade nasal. Indolor. Sinto o amargo descendo por minha garganta e meus dentes petrificarem-se. Meus lábios perdem a sensibilidade, minha língua incapaz de sentir qualquer sabor, insípida.

É hora de sair. Levanto-me, vou de imediato ao toalete.
Simone continua deitada, fumando demasiadamente. Aspirando e respirando a noite de Paris. De longe, parece uma pintura, uma deusa. Seus longos cabelos de coloração mostarda, soltos. Seus seios cobertos por espuma. Lábios carnudos, olhar penetrante, fixo, petrificado. Inerte. Como se nada tivesse importância. Seu corpo níveo chega a confundir-me quando espumado; como se estivesse em uma banheira diluída a leite.

Na mão esquerda o cigarro de filtro vermelho. O vento se encarrega de tragar. As cinzas caem na água, afundam-se sozinhas. Simone não se importa, ela não ama, ela não sente. Traga tudo que estiver ao seu redor, devora incansavelmente. Só admira a si mesma, seu amor próprio é superior a qualquer coisa. É dona do mundo, de mim, do universo.

Sua indiferença exala pelo quarto, juntamente com o ar frio, percorre minhas veias de maneira indecente. Permaneço perplexo diante de tudo. Simone diz que é meu espelho, e eu digo que sou seu reflexo. Sou a imagem dela mesma, densa, complexa. De uma vontade insaciável, incontrolável, fora do comum. Atraímos-nos, nos tragamos. Não existem limites.

O ar seco vai de encontro com nossa atmosfera mítica. Transpondo a cena de duas galáxias. Na infinidade de orgasmos sentidos. Não existe razão alguma para evidenciar este caso, um crime impensável. Nossa carne é praticante de atos inadequados. Somos os únicos suspeitos, imperfeitos, nos idolatrando.

Mentíamos demais, não éramos autênticos. Mentíamos no olhar, nos gestos e até mesmo fingíamos, exagerávamos em tudo. Tudo ilusão, nossa criação genuína. Nosso âmago disperso, sem considerações alguma. Amando o vazio existente, a corrente vaga de nossas certezas. Quanto mais vazios, mais insatisfeitos.

Insatisfeitos, é o que somos. Vazios, secos, precursores da errática decisão, amar ou não? 

Amar ou não?

quinta-feira, 8 de março de 2012

Apenas falta!


Talvez antes você precisasse de mim, de forma que, como eu estava sempre disponível pra te ouvir, você via em mim um ombro amigo para se apoiar. Apoiando-se em mim, automaticamnte se sentia segura, se desligava de todos os problemas do mundo, porque eu acabava em me preocupar com todos eles por você.
Problemas que não eram meus!
Não me diziam respeito!
Não me acrescentavam em nada!
Tão pouco chegavam a me diminuir!
Então será porque eu me preocupava, me colocando a par de todos eles? Sinceramente...Não faço a mínina idéia. Talvez por um sentimento de proteção, quem sabe! O fato é que por anos a fio tentei sempre cuidar de você, mesmo que uma vez ou outra não houvesse gratidão da sua parte, se é que em algum momento houve.
Hoje vejo que tudo que fiz se resultou em uma antipatia enorme, não da sua parte, mas da minha. Por mais que se faça algo por alguém, acaba que por um motivo qualquer você será colocado de lado na primeira oportunidade. 

Estima-se um valor muito grande, fala-se muito em amizade, companheirismo, filosofias e mais filosofias que só possuem valor em mesas de bar.
Confesso que disso tudo já me encontro cansada, quebrar a cara tem se tornado rotina. E eu odeio rotina. Vou guardar tudo que passamos em algum canto qualquer aqui do coração, mesmo morrendo de antipatia consigo separar os momentos bons dos ruins. Tenho absoluta certeza de que vai voltar, com aquela cara mais lavada do mundo. Desculpas? Ah, isso nem espero que me peça, seu orgulho jamais cederia a um capricho desses.
Te conheço!
E Por conhecer tanto acabei por descobrir que na verdade eu sinto é falta.  Não a sua! Apenas falta!
Falta sua!