Era noite, pessoas caminhavam sem destino em frente ao meu portão, ele, porém, me ouvia enquanto reparava todos os detalhes do meu rosto.
Ficamos ali por horas, dialogando assuntos pendentes, bobagens, coisas relevantes, olhando além e tentando talvez adivinhar o que se passava na cabeça um do outro. Eu sabia que precisava resolver alguma coisa, e sabia q ele esperava justamente por esse determinado assunto. Eu fugia como o diabo da cruz, inventava histórias, contava piadas, falava sobre tudo e todos, menos do que realmente importava naquele momento.
Eu havia pensado, por duas noites pra ser mais exata. Por vezes tentei fugir dos meus próprios pensamentos, não consegui. No fundo eu sabia que já estava na hora de chegar a alguma conclusão. E cheguei!
Não queria aceitar o fato de ter decidido algo que vai além do meu controle, tentei de todas as formas reavaliar a decisão, prós, contras, prós, mesmice. Precisava escolher outra direção.
Foi o que fiz.
Estava ali, parada, de frente pra ele, observando cada gesto, cada olhar, mas sem ouvir uma palavra que saía de sua boca. Naquele momento não queria ouvir absolutamente nada, precisava apenas observar, sentir, tentar descobrir o que me prendia e o que me intimidava. Parecia ser fácil.
Mas não era! Não é! Nunca foi!
Despedi-me, pedi pra que fosse embora, não queria continuar ali naquele silêncio, esperando tomar coragem e dizer tudo de uma só vez. Ia chover, e não queria que ele pegasse um resfriado.
Entrei em casa com a certeza de que a conversa continuaria.
Mas não continuou.
Meu telefone não tocou e não recebi nenhuma mensagem. Comecei a achar que deveria ter deixado as coisas mais claras, me culpei por algum tempo, tentei achar explicação pelo breve sumiço, mas nada se resolveu. Eu estava preocupada.
Três da madrugada, a campainha toca, a chuva caindo lá fora e eu me perguntava:
-Porque ele voltou? Nessa chuva? Não acredito.
Fui até lá, a chuva estava forte, e ele, parado em frente ao portão, ensopado.
Ao abrir o portão, vejo ele se aproximar, olhar bem pra mim, e ao se aproximar um pouco mais, me beija... Eu correspondo. Naquele momento aquilo me parecia o certo a se fazer, naquele momento eu sentia que nada mais importava, eu estava ali, com a chuva escorrendo pelo meu rosto, recebendo um beijo de alguém que me amava...
Ou parecia me amar.
Entramos em casa, sentamos no sofá e ficamos conversando por mais algumas horas.
E a conclusão?
Nenhuma... Tudo se perdeu no decorrer da conversa e a noite não passou de uma mera tentativa.
Falhou...
Como sempre falha.
Despedi-me, pedi pra que fosse embora, não queria continuar ali naquele silêncio, esperando tomar coragem e dizer tudo de uma só vez. Ia chover, e não queria que ele pegasse um resfriado.
Entrei em casa com a certeza de que a conversa continuaria.
Mas não continuou.
Meu telefone não tocou e não recebi nenhuma mensagem. Comecei a achar que deveria ter deixado as coisas mais claras, me culpei por algum tempo, tentei achar explicação pelo breve sumiço, mas nada se resolveu. Eu estava preocupada.
Três da madrugada, a campainha toca, a chuva caindo lá fora e eu me perguntava:
-Porque ele voltou? Nessa chuva? Não acredito.
Fui até lá, a chuva estava forte, e ele, parado em frente ao portão, ensopado.
Ao abrir o portão, vejo ele se aproximar, olhar bem pra mim, e ao se aproximar um pouco mais, me beija... Eu correspondo. Naquele momento aquilo me parecia o certo a se fazer, naquele momento eu sentia que nada mais importava, eu estava ali, com a chuva escorrendo pelo meu rosto, recebendo um beijo de alguém que me amava...
Ou parecia me amar.
Entramos em casa, sentamos no sofá e ficamos conversando por mais algumas horas.
E a conclusão?
Nenhuma... Tudo se perdeu no decorrer da conversa e a noite não passou de uma mera tentativa.
Falhou...
Como sempre falha.
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